domingo, 26 de maio de 2013




O CASAMENTO


O tempo é terrível, passa.... passa e passa, o dia de mudança da família para São Paulo, se aproximava,  ano bissexto, tinha que agir e articulei uma coisa inédita, marcar o dia de casamento para 29 de fevereiro, aniversário só se daria de 4 em 4 anos, inicialmente deram o acordo, viajei para a Bahia e repensando, mudaram  para 20 de março, dia de São José, chuva certa na minha horta e coincidia com o aniversário do pai dela, que se chama José, toda a cerimônia programaram para acontecer na própria residência na Rua Ernandes Braga, tendo sofrido alteração, com cerimônias na Igreja Presbiteriana de Madalena e na Igreja Católica Nossa Senhora de Lourdes, também no Bairro de Madalena e que usufruíam a amizade e intimidade com o Pároco.
 Antes de acontecer o dia do ato matrimonial, a Janinha fez uma viagem até minha terra natal CANAL à época, hoje, cidade de JOÃO DOURADO, homenagem ao meu bisavô, se fez acompanhada pelo meu irmão Sinézio Neto, foram por Juazeiro, Jacobina, Morro do Chapéu, foi realmente  estressante, conheceu toda a minha família, parte do sertão, suas belezas e características, bem como seu cruciante problema, a falta de água potável, lá a água é salobra, mas quem dela tomar, nunca mais deixa de retornar, como estava em Salvador, tive que me deslocar até lá para encontra-la, isto em um final de semana, pois, trabalhava todos os dias das 8 às 18h.
O dia já estava chegando, tudo puxado, tinha que vir de Canal o restante da família, vez que, parte já moravam em Recife e meus amigos do então IPEMBA ( hoje IBAMETRO) Evandro Paixão Martins, Raul Amaral, testemunhas, mais Wilton Vagner, Derly, Jarbas, Madalena e família  de Maceió, tinha que me deslocar da Bahia, cortar cabelo, fazer barba, checar roupa, limpar sapatos, providenciar viagem de lua de mel, atender meus convidados vindos especificamente para este fim, foi uma correria, nem tinha tempo para alimentar direito, da recepção não desfrutei de nada, o bolo, uma sumidade, de fazer inveja, nem provar tive a chance, fizemos o brinde com champanhe e desloquei  em destino ao United States of Salvador-BA, onde iria fixar residência na casa própria, situada ao Loteamento Parque São Jorge, lote 16, São Cristóvão de Aeroporto.
 Fizemos uma boa viagem, grudados e ansiosos pelo day after, amamos o dia e noite toda, nos fechamos em casa, caímos de uma rede, quebramos uma cama, os vizinhos notaram o drama, mas não perturbaram e se fizeram alguma coisa nem notei, estava ligada em outra coisa, o calor de uma grande paixão, a fruta é incomparável, interliga sentimentos, amarra artérias vitais entre os seres humanos.




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