domingo, 28 de julho de 2013


ATIVIDADES  LABORATIVAS


A expectativa de meu pai, ( meu pai era agricultor e continuou sendo, até os últimos dias de vida ) logo após o nascimento, ainda na presença da parteira e familiares apresentou dois instrumentos, uma “enxada” e uma “ foice”, bradando em voz alta, bom som, cheio de alegria: “ Eis aqui meu filho, os equipamentos a serem utilizados por você, no sentido de colaborar comigo no sustento de minha família”, na minha inocência, não reprovei nem aprovei. Fui crescendo, entrei na escola, não demonstrava em momento algum ter tendência para laborar em serviços agrícolas, meu pai observava, tentava desviar para cuidar do gado, me levava para o curral, para aprender a tirar leite das vacas, minha mãe já sabia que no dia que ia ao curral ajudar meu pai, a quantidade de leite diminuía, o balde vinha sem qualquer escuma, ela proclamava: “ caparam o leite todo “, veio menos leite, RUBEM estava no curral?, Ah! Tá explicado. É... meus amigos, não dava mesmo pra aquela vida rural, tinha que buscar outro meio de vida, porém, nunca esqueci de minha origem, nem tampouco de deixar de trabalhar no propósito de ajudar o meu pai, pelo menos me sustentando, pois, minha família era e é numerosa, via que todas as despesas eram suportadas pelo trabalho de meu pai e irmãos que possuíam habilidade pra aquela vida.
Fui estudar em Campo Formoso, lá trabalhava na limpeza do INTERNATO, ( varria, lavava chão e banheiros, colaborava com o responsável pelo INTERNATO, tomando conta dos horários de banca e dormir, me rendia um trocado, que dava pra ir ao cinema nos finais de semana, ainda, o COLÉGIO, dava um desconto na mensalidade.
De Campo Formoso, por questão de economia, fui estudar em BRASÍLIA, e tive que adequar a oportunidade com a necessidade, tive que enfrentar um curso TÉCNICO, sabe em que? AGRÍCOLA, que fazer... seguir aquilo que me apresentava no momento, lá trabalhei para me sustentar, plantava: Abobrinha, quiabo, tomate, cenoura, repolho... ia vender nas feiras livre, em parceria com outros colegas, também, fui criar frangos de corte, porcos, ia vender o frango, porta a porta, primeiro ia tirar os pedidos, inclusive, certo dia fiquei preso em um elevador, precisou chamar o Corpo de Bombeiros para me tirar, tive até sorte, parou no próprio andar, morador descobriu, os filhos disseram: “ é o rapaz que vende frango”, colocaram até uma TV virada para o local onde estava, os frangos já abatidos e limpos, entregava a cada cliente. Ainda em Brasília, trabalhei voluntariamente num programa americano “ ALIANÇA PARA O PROGRESSO “ nas Cidades Satélites de GAMA, BANDEIRANTES, PLANALTINA  e TAGUATINGA.
Por questões familiares, após conclusão do curso de TÈCNICO AGRÍCOLA, tive que retornar à Bahia, e, tinha que dar continuidade aos meus estudos, portanto, Salvador seria o melhor lugar, caía na mesma situação, tinha que buscar trabalho que conciliasse aos meus objetivos e me dar sustentação, nesta ocasião me foi dado um grande apoio pelo primo e Reverendo Celso Loula, vinculado ao Colégio 2 de Julho, não posso me esquecer do irmão dele, estudante de Engenharia Civil, ABIMAEL LOULA, pessoa de bom coração, que muito também sofreu na busca pelo conhecimento, trabalhei no Colégio na função de BEDEL, SENSOR, ENCARREGADO DE DISCIPLINA, tanto do Internato, quanto da parte da manhã, nos Primeiro e Segundo Grau, também tive que ficar coordenando lavadeiras de roupas de todos os alunos do Internato, recebia uma compensação financeira pelo trabalho e era responsável pelo risco de sumiço de peças. Ainda tive que trabalhar na função de INSTRUTOR no JULIANO MOREIRA, final de linha de Engenho Velho de Brotas em Salvador e na ESCOLA DE MENORES INFRATORES em MARAGOGIPE, ia de barco, ficava em alojamento e fazia refeições em conjunto, eles gostavam muito da minha pessoa, pediam aos chefes de disciplina para terem aula comigo, tratava-os como seres humanos, diferente de todos os demais.

Em 1970, surgiu a primeira batalha numa seleção pública para a função de AFERIDOR, pelo IPEMBA – Instituto de Pesos e Medidas do Estado da Bahia, órgão Delegado do INPM – Instituto Nacional de Pesos e Medidas, fui aprovado na seleção, porém, ainda tinha que fazer o curso, com duração de quatro meses, isto na UCSAL – Convento da Lapa, teria que ser aprovado e fui, sendo convocado em contrato de experiência por três meses, só depois disso assinei contrato pelo regime de CLT em 11.04.1971.
Durante anos seguidos, a denominação de função foram modificados para: Metrologista, Inspetor Metrológico, Analista, cheguei a exercer Cargos Comissionados, Chefe de Aferição, Chefe de Fiscalização,  Diretor Administrativo e Chefe do Setor de Mercadorias Acondicionadas, cujo Setor foi implementado por esse narrador, após Curso feito em São Paulo, inclusive, recebí proposta do próprio IPEM-SP para trabalhar com eles, porém. desistir ao permanecer em uma fila do metrô. cuja temperatura girava em torno de 7º, e, o pior estava vestido com todos os aparatos de combate ao frio. alí mesmo resolví voltar para minha querida Bahia, ainda criando os Setores nos órgãos de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Em 1991 fui para a Assembléia Legislativa para ser Assessor Parlamentar e Chefe de Gabinete de Deputado Estadual, percorrendo lá naquela Casa  Legislativa funções na Liderança de Governo, Comissões Permanentes e Temporárias, até que o IPEMBA, hoje IBAMETRO. abriu  concurso público para provimento de cargos do quadro permanente  do poder executivo estadual na carreira de Técnico em Serviço Público, conforme Edital SAEB/004 - 1997. Do IBAMETRO concorreram uns 20 servidores, obtiveram aprovação quatro, dos quais estava incluído
Em todos esses anos, participei de mais ou menos 130 cursos de especialização, ministrados pelo INPM, INMETRO, IPEMBA ,IBAMETRO, PETROBRAS, Conselho Nacional de Petróleo, Ministério do Trabalho, Universidades Católica, Federal e Jorge Amado, e, também no Primeiro Curso Internacional de Metrologia realizado no Rio de Janeiro com duração de quatro meses, tendo colegas de quase todos os Estados e da maioria dos países da América do Sul, onde cheguei a conviver com Bolivianos em Apartamento de Aluguel, localizado na Praia de Flamengo.
A primeira atividade que desenvolvi no IPEMBA foi em um Posto de verificação em veículos que transportavam cargas sólidas, funcionava em um trailer dentro do DETRAN, que funcionava em ONDINA, hoje Campus de UFBA, lembro-me de um colega  por nome CECÍLIO FERREIRA, atualmente em serviço de condutor do IBAMETRO, um fato me recorda com muito sentimento, trabalhava com pouco mais de um mes, pois, meu contrato foi assinado em 11.04 e no dia 20.05 perdi o meu pai em morte provocada por uma picada de cobra cascavel. não presenciei o sepultamento, pois, transporte era muito difícil, porem, por interferência do primo e Reverendo CELSO, descobriu que uma caravana de estudantes da UFBA estaria em viagem de pesquisa para Xique-Xique e sairia naquele dia cedinho, tive que enfrentar, sentei em uma cadeira no final, os estudantes faziam um barulho de festa e viviam um momento deles e eu lá no meu canto a pensar como deveria encontrar minha mãe com os outros irmãos meus, 10 deles menores? Tinha que ser forte, suportar tudo, pois, achavam que seria a solução dos problemas, pois, já havia termnado o curso médio em Brasília e já estava trabalhando em Salvador. Que viagem inesquecível, chovia muito, a estrada era de barro, o ônibus deslizava, o meu nervoso provocou uma forte diarréia, tinham que parar para me atender, pois, no carro não tinha banheiro, nem tampouco tinha papel higiênico, cheguei em casa por volta das 23 h, todos me esperavam, queriam saber minha reação e dos familiares, os coveiros ainda estavam no cemitério, porem, já haviam sepultado o meu pai, foram em minha procura e fez a seguinte indagação: Quer que retire o caixão pra ver seu pai? Lhes respondi muito decidido : " Não! Prefiro guardar a fisionomia do meu último encontro com ele".O Diretor Geral do IPEMBA era o Dr. ADARY OLIVEIRA, a Diretora Administrativa  era Dra .Aracê Valadão namorada de um primo meu, o Chefe do Setor de Fiscalização era  era Dr. Derivaldo, pai do atual Dr. Paulo da Projur do IBAMETRO, Diretor Financeiro era o Dr, Cezar Dumas, que se aposentou no IBAMETRO, Diretor Técnico era Dr. Álvaro Martins, que substituiu Dr. Adary na DG em dois governos, o pai dele foi colega de faculdade de ACM em Medicina, a Diretora do Jurídico era Dra.Zélia, irmã da esposa de Adary,  recentemente falecida, esta inclusive foi minha namorada, que só desistiu, depois que me casei com a pernambucana Janinha ( Rejane ), que melhor pode conhecer em capítulo específico desta biografia. Em 1971 passei em Engenharia, Faculdade particular, que teria que pagar com os meus rendimentos, não existia PROUNI, tinha que pagar mesmo. Fiz o curso de Engenharia de Agrimensura conciliando o meu trabalho com os horários da Faculdade, saía de casa cedo, pois, tinha aula 7 h até 11 h 30 min, o carro me pegava na porta da faculdade e levava corrido o tempo, muitas vezes nem almoçava. Um fato marcante neste período, trabalhava verificando balanças industriais, o condutor se chamava JOÃO CRAVO, o chefe era o Dr. DERIVALDO, que fez uma programação para o condutor  me esperar nas proximidades da faculdade no horário que seria de almoço, o mesmo se recusou e o Dr. DERIVALDO bateu pé firme e com a recusa o condutor perdeu o emprego, pois, o chefe disse: " Ou vai trabalhar ou você está dispensado", " O Diretor Geral tinha que decidir, a corda quebra no mais fraco", lá fiquei esperando até 14 h, nessa época não tinha celular, o telefone público ( orelhão ) era muito difícil ter um, isso foi aqui na Bahia, um outro aconteceu em Sergipe: Fui fazer as Usinas de Açúcar e mais duas de Industrias, em uma Usina de AUGUSTO FRANCO, ex-colega de medicina de ACM, ao chegar lá ofereceu dificuldades em permitir, fiquei parado com o colega JOSÉ MORBECK até próximo o meio dia, quando o impaciente Dr. AUGUSTO,( era também, pai do então governador de Sergipe ) chegou ao portão, se dirigiu a nós, mais diretamente à minha pessoa: " Quem lhe chamou aqui?" Expliquei: " Estou fazendo verificações em instrumentos metrológicos nas Usinas e Indústrias de Sergipe, conforme programação", ele em tom ríspido disse: " Saia daqui agora, senão vou mandar 32 servidores da Usina quebrar esse troço aí ", tentei lhe explicar, não obtive sucesso, porem tinha que fazer, entrei em contato com o Dirigente do Órgão em Sergipe, pedindo apoio policial, pois, a situação estava agravando, o colega foi buscar apoio policial na POLÍCIA FEDERAL e pegou uma RURAL e seguiu para LARANJEIRAS, demorou mais ou menos duas horas, quando chegou os Policiais, foi direto ao Dr. AUGUSTO, indagando: " Quantos servidores o Senhor tem aqui agora na USINA? Ele respondeu: 32 homens, O Chefe da Patrulha falou: Traga todos eles aqui agora, mande todos se posicionarem ao redor deste caminhão, para protegê-lo, isto é um patrimônio de todos os brasileiros, inclusive do Senhor, ainda tem mais uma coisa, esses senhores vieram aqui cumprir uma legislação federal e vão fazer, sob nossa proteção e apoio de todos os seus servidores se necessário", me orgulhei de ter uma polícia federal consciente e de está executando uma função importante naquele momento, fiz tudo o que seria necessário e ainda serviu de lição para os demais usineiros que faltavam visitar.A minha vida  sempre foi  na medida e na pesada, progredia e passei por todos os setores do então IPEMBA, implantei o Setor de Pré-Medidos ( Mercadorias Acondicionadas ), SMA na Bahia, Alagoas e Sergipe, também orientando ao IPEM-PE na implantação, aliás, falando de Pernambuco, lá trabalhei pelo Convênio INPM/IPEMBA/CNP, efetivando serviços de levantamento de estoques nas Bases Armazenadoras de Derivados de Petróleo por um ano e oito meses, Base de Recife, isso só acontecia nos finais de semana, e, na segunda-feira mandava as mensagens para o IPEMBA, que condensava os dados de todo o Nordeste e reenviava para o CNP - Conselho Nacional de Petróleo, um fato marcante me faz recordar, " tive que namorar a funcionária do correio, uma "coroa" de bom "patrimônio", tudo para facilitar o andamento dos trabalhos", mas, ainda muito jovem, tive muito a aprender e aproveitar da experiência da "coroa" numa relação amorosa. Tudo passa, conheci minha  esposa dentro de uma Igreja Presbiteriana na Av. Boa Vista - Centro de Recife, ela é católica, mais foi à Igreja com uma colega de Curso de Arquitetura, que por sinal também conhecia, chama-se "MANA", não prestei atenção ao culto e ela também, trocávamos olhares comprometedores, mas, apenas nos conhecemos, tive que ir até a casa da "MANA", tinha um Fusquinha Amarelo e ofereci carona, no final de semana seguinte era dia de eleição, um 15 de novembro, a família de "MANA" tinha uma casa de veraneio na praia da PIEDADE, logo articulei uma visita nesta casa e que convidasse a "JANINHA", tudo deu certo, a família era grande e não tinham carro, tive que dar mais de uma viagem, lá chegando me convidaram para ir jogar volley na praia, não tinha habilidade, mais aceitei, procurava era um contato particular com minha pretendida "MUSA", foi uma festa, ela comeu todos os caranguejos do restaurante, gostava e gosta, me aproveitava disso para atraí-la, o resultado é que, me casei e vim morar em Salvador, uma curiosidade: " tenho até hoje a camisa que vestia naquele dia ." Olhe como me posiciono diante dos desafios: Ao me casar e morar em Salvador, achava que teria de morar em casa própria, meu salário não proporcionava isso, fiz uma loucura, comprei uma casa em Itapuã, mais pra São Cristóvão, e adquiri de meu colega Chefe Dr. DERIVALDO, pai do atual colega PAULO, advogado da Procuradoria do IBAMETRO, juntei todo o meu FGTS e parcelei em valores que o meu salário bruto, se não gastasse nada não dava para suprir o valor da parcela, recorri então a empréstimo na FINNIVEST, o atendente pegou minha ficha e disse: " sinto muito, mais o valor que pretende não posso liberar, a não ser que o Gerente libere, quer falar com ele, claro,,, respondi, e fui levado à sala dele, ao entrar reconheci o gerente, esse cara era interno do Colégio 2 de Julho, onde fui chefe de disciplina e muitas vezes lhe dei castigo para estudar em banca fora de horário normal e coincidia com o lazer de todos, me deu vontade de sair, porem, fui surpreendido pela gentileza dele comigo, aprovou tudo o que queria, mas, não podia deixar de lembrar do tempo em que o colocava de castigo, e falei: " Eu te conheço, só não me lembro de onde... lorota, o identifiquei logo ao entrar, ele me respondeu: Também me lembro de você, " SEU RUBEM" lá do 2 de julho, minha saída : Também você era um capeta... Olhe se fosse hoje não lhe daria castigo, o premiava  com lazer, talvés você entendesse e deixasse de abusar em reconhecimento a minha atitude de premiá-lo. Mas, continuando... paguei a casa e morei lá por pouco tempo, ao nascer meu FILHÃO ( MEU GAROTO ), se assustava lá pelas 4 horas da manhã, era linha de descida de avião internacional, as telhas tremiam e decidi vender logo a casa, pois, meu filho poderia ficar neurótico em razão daquele infernal barulho, fui morar de aluguel no Rio Vermelho, peguei a grana e cai na besteira de emprestar a juros para uns primos, donos de supermercado, olha... pra receber quase ficava inimigo deles, porem, serviu de lição, não empresto mais nem a meu pai, se tiver dou, mais não empresto. Mais minha intenção era voltar a morar no que era meu, e comprei um apartamento no mesmo prédio que morava no Rio Vermelho, Edf. Visconde de Pirajá no 503, lá morei uns 18 anos, conhecia todo mundo naquela área. Já tinha me formado em Engenharias de Agrimensura e Segurança do Trabaho e Ciências Contábeis na Visconde Cayru, sabe porque acabei fazendo, minha esposa estudava lá à noite e ia buscá-la às 22 horas, ela me falou porque você também não faz? Faça o vestibular pra ver se consegue,,, fiz e passei, ela terminou o dela e ainda passei uns dois anos, pois, a motivação já teria terminado e não me interessava o Bacharelado, mas, conclui. A vida continua e tenho que buscar opções para crescer profissionalmente e fui cursar Engenharia de Segurança do Trabalho, vez que, o Polo Petroquímico e o Centro Industrial de Aratu estava sendo a bola da vez. A política é muito dinâmica, o grupo mandante era o de Antônio Carlos Magalhães, que conheci quando estudava em Brasília, ele , sendo Prefeito de Salvador, considerado o Pelé branco das construções, tive uma certa aproximação dos filhos dele, pois, estudavam no Colégio 2 de Julho e lá trabalhei como " BEDEL ", os alunos me adoravam, pois, nos dias de prova, que reuniam no auditório todas as turmas, torciam que seria o " SEU RUBEM" como me chamavam, sabe porque me adoravam... não permitia barulho, porem, não importava com as "pescas", nesta época me aproximei de Jutahy Junior, Gedel , José Carlos Araujo, Otto Alencar, Luiz Eduardo ( Duda ) e Ângelo Coronel ( na época, Martins ), este com muito mais intimidade, ia levá-lo na casa  de Evandrão em Brotas nos finais de semana, que depois se tornou colega do IPEMBA, pois, no governo de Luiz Viana, foi Chefe de Gabinete do Secretário de Indústria e Comércio Ângelo Sá, quando entrei no IPEMBA, chegou a ser testemunha de meu casamento em Recife, este sim, era um amigão de verdade. O Dr. Adary foi ser Diretor do BNDES e me ofereceu trabalhar na Caraíbas Metais, coordenando 21 engenheiros de Segurança do Trabalho, no Polo e na Mina em Jaguarari, ligou para o Diretor Industrial da Caraíbas me recomendando, convocado para uma entrevista e ao sair notei que estava muito novo e inexperiente para tamanha responsabilidade, retornei a Adary e fiz ciente a ele que coordenar 21 engenheiros, cobras criadas, poderia decepcioná-los, me agradeceu, elogiando minha atitude. Muitas são as histórias vivenciadas no IPEMBA - IBAMETRO, porem, vez por outra, me força a relembrar, " RELEMBRAR É VIVER ", lá pelo anos 75 ou 76, me foi confiado a primeira fiscalização nas balanças do Correio, e comecei pela agência da Praça da Inglaterra no Comércio, meu companheiro de equipe foi Carlos Alberto, cheguei cedo, 8 horas, me identifiquei na recepção, não deram importância, insistir e me encaminharam a outra pessoa, este a outro, e assim fui parar no Diretor Regional dos Correios, o Dr, Arthur Napoleão Carneiro Rego, que me passou um tremendo " CARÃO ", o que você vem fazer aqui? Lhes respondi: Fazer verificações nas balanças do Correio. Ele bradou: Sou advogado a 7 anos e não tem lei que faça o correio deixar o IPEMBA fazer esse serviço, pode ir embora, voltei a falar: Não sou advogado, mas, sei que o correio está sujeito a este serviço, me deixa em paz, falou ele, eu então falei: Vim pra fazer o serviço o Sr. está resistindo, então vou registrar sua atitude em Auto de Infração e lancei o seguinte texto no documento que deveria assinar: "Fui impedido pelo Dr. Arthur Napoleão Carneiro Rego - dito Diretor Regional dos Correios", e, mostrei a ele pra assinar, leu e ficou mais bravo ainda comigo e perguntou: Quem é seu Diretor e qual o telefone dele? Lhes respondi: Dr. Adary Oliveira, o telefone dele não tenho gravado na memoria, pois, só gravo número de dinheiro, se quiser pode consultar a lista telefônica, olha, isso já passava das 13 horas, uma fome já me atacava, o colega desceu para dormir no carro na garagem do próprio correio, o Dr. Arthur segurou o documento por mim emitido e foi ligar para Dr. Adary, eu na ante-sala aguardando, de repente me chamou, pois, o Dr. Adary queria falar comigo, inclusive, já tinha convencido ao Dr, Arthur e queria saber se iria cancelar, categórico lhes respondi : " Não motivo para cancelar, não estou inventando, o que fiz retrata o acontecido, moral da história: O Dr. Arthur foi pessoalmente mostrar todas as balanças do correio, inclusive aquelas que estava quebradas no Depósito. Não cancelei o Auto de Infração e entreguei direto, a pedido, ao Diretor Geral Dr. Adary Oliveira.



quarta-feira, 10 de julho de 2013

IGUARIA DE TRADIÇÃO – CUSCUZ (O PÃO DOURADO )


A simplicidade desta Iguaria é só aparente, pois, sintetiza eventos históricos da Europa, África e América.
Esta iguaria não se trata de apenas do café da manhã ( ou da tarde ) mas de eventos importantíssimos da história da humanidade.
O cuscuz,viajou no espaço e no tempo e ganhou caras diferentes da original. Essas andanças e transformações bem podem servir para explicar como o mundo vem se transformando desde antes das Grandes Navegações até nossos dias. Dos intercâmbios comerciais mouros com a cultura ibérica à miscigenação de negros, indígenas e brancos experimentada nas Américas a partir da invasão européia. O historiador e antropólogo Luís da Câmara Cascudo, no seu clássico História da Alimentação no Brasil, chama o cuscua, kuz-kuz ou alcuzcus, de prato nacional dos mouros, do Egito ao Marrocos, onde era feito com trigo, arroz ou sorgo. “ Parece certo que os berberes foram os criadores do cuscuz, como crê Karl Lokotsch, e o trouxeram para África Ocidental, Central, Atlântica, quando desceram nas campanhas invasoras pelo Níger e Congo, há doze séculos”. O português conheceu e usou do cuscuz, tendo-o dos berberes, de tão velho e largo contato histórico. Era prato popular em Portugal, quando o Brasil apareceu na rota da Índia. (...) Na pragmática do rei dom Sebastião, em 28 de abril de 1570, reprimindo excesso de gastos nas refeições fidalgas e plebéias, dispõe ‘ que pessoa alguma não possa comer à sua mesa mais que um assado e um cozido, e em picado, ou desfeito, ou arroz, ou cuscuz’”..
No Brasil, o cuscuz é conhecido em sua versão feita com massa de milho, que já era plantado pelos índios nas terras de cá antes dos portugueses e dos negros trazerem a receita e adapta-la por conta da ausência de trigo ou do sorgo. O cuscuz pode ser comido às fatias, puro, doce ou salgado, regado com leite de vaca ou leite de coco, com manteiga ou recheado com banana, rapadura, queijo ou o que mais der na telha do criativo povo nordestino. 
Além dessa versão comum, Câmara Cascudo registra ainda outras matérias-primas (“Fazem-no também de mandioca, arroz, macaxeira(aipim), inhame”), e outros feitios para outros brasileiros. No sul há o cuscuz paulista e também o mineiro, com recheio de peixe esfiado, crustáceos, molho espesso de tomates, constituindo refeição substancial. 
MARROQUINO
O cuscuz pode até ser um prato que guarda seus ares de tradição, mas não se ressente frente aos ventos da mudança. Ele vai para onde o levam e se molda ao gosto do lugar. Foi assim que, em uma história bem mais recente, ele viajou dos Estados Unidos para a Bahia, na forma da receita de cuscuz marroquino com camarão do restaurante Farid, no Salvador Shopping.
O prato foi, digamos, inspirado em um outro, do restaurante Café Gitane, localizado na região do Soho, em Nova York, e aqui foi constituído na base de sêmola de trigo e do camarão, ainda leva cenoura, vagem, cebola, manteiga clarificada, pimenta Síria e outros ingredientes não revelados, por ser segredo do restaurante.
O prato é servido com uma generosa camada de homus em seu topo e de promover uma combinação de sabores suaves e ácidos, que promove uma interessante relação entre a solidez dos crustáceos, o pastoso do homus e o esfarelado do cuscuz.


O NORDESTINO
Para fazer valer a tradição do Nordeste, sobretudo a do interior baiano,, a receita é muito simples, em especial para o com tapioca, basta pôr a massa em uma tijela, forma ou bacia, regar com bastante  água ou leite de coco e esperar inchar, colocar a tapioca, sal ao gosto, recheio do que desejar.
Nos limites da miscigenação, o proprietário do Bistrô e Café Rancho do Cuscuz, localizado na Rua Edistio Ponde, 353, Costa Azul, Salvador-BA, que se caracteriza em servir iguarias, inventou o CUSCUJÉ, que acrescenta ao prato, o camarão seco, vatapá e salada. A  casa é mesmo muito sugestivo, conhecido como, “baianocêntrico”, pois, oferece ainda mais o Hot Dog de Cuscuz, recheado com salsicha ao molho de tomate e servido acompanhado da batata palha.
Os Dourado, adotam o cuscuz como o seu tradicional pão, e se utilizam de muitos utensílios domésticos para sua confecção, que dão forma muito engraçadas, como, peito de donzela, “pitufu”(peito avantajado), cabeça de cearense, funil, e outros.
A criatividade, a inovação do ser humana, tem apresentado ao Brasil e Mundo, diversas outras modalidades desta iguaria, porém, selecionei aquelas que mais se identificam com a família DOURADO, da qual me orgulha integrar. 



domingo, 26 de maio de 2013




 A VIDA EM MINHA FAM´LIA E  A PROLE



 Foi neste primeiro momento que foi gerado o fruto, o “meu garoto”, cujo nome a ser dado seria RUBEM DOURADO FILHO, e, que ao nascer no IPERBA em Brotas, fui direto ao cartório para efetuar o registro de nascimento, não sendo possível, pois, exigiam que teria de ser RUBEM ERITO DA SILVA DOURADO FILHO, muito nome para aquele garoto, então lá mesmo no cartório, criei o nome REUBEM, sendo RE, iniciais da mãe e UBEM, retirado do meu primeiro nome.
 Que tal? Gostou?
-          Foi o  resultado de nossa junção.

Falar de prole é descrever, atitudes de pai com filho e de filho para com os pais, não podemos agir como PAI-MINUTO, PAI-POR-ENGANO, PAI-AUSENTE. Aprendi de meus pais a conviver com meus filhos, que lição, aquilo que muito bem nos fez, temos que fazer com eles, é muito importante que estejamos conscientes dos verdadeiros sentimentos de nossos filhos, se as amo, tenho separar dois tipos de sentimentos: o raiva de verdade e o amor de verdade. Temos que lembrar, antes de começa-las a repreende-los, que a chave do sucesso está em compreendê-los, pois, o comportamento deles pode não ser bom, mas eles sempre serão para os pais, ótimos filhos.


O PRESENTE PERFEITO PARA O SEU FILHO PEQUENO

“ Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão” Salmos 127.3

Não há falta de opções quando se trata de presentear um filho pequeno. Milhões de reais são empregados em propaganda para chamar sua atenção para o presente “perfeito”. Vacê se sente culpado quando não consegue encontrar algo educativo, estimulante e que desenvolva auto-estima, tudo de uma só vez ( e ainda tem de ser politicamente correto, biodegradável e bilingue também). Os marqueteiros sabem que o preço não é o problema, porque trata-se do seu filho, e você vai adquirir o melhor.
Bem, nós temos a sugestão do presente perfeito. Não é fácil de encontrar é muito caro, mas garantimos que durará a vida inteira e será o predileto para seu filho. Estamos referindo ao seu tempo.
A maior necessidade de seu filho é saber que você está interessado nele. Não há maneira melhor de transmitir amor do que gastar tempo com ele. Investir horas em seu filho produzirá dividendos agora e no futuro. Você estará construindo um relacionamento, momento a momento, que será a base de sua amizade entre ambos que durará a vida inteira.
Não deixe enganar pelo Ito da “qualidade de tempo” – é um objeto admirável, mas não deve ser usado como desculpa para a pouca “qualidade de tempo” que você passa com seu filho.
Momentos de qualidade geralmente não podem ser programados; acontece de forma espontânea, sem aviso, em circunstâncias imprevisíveis. Os momentos preciosos usados para instruir podem ser iniciados por seu filho enquanto vocês estão jogando no quintal, passeando de automóvel ou observando uma minhoca na terra. Para as crianças todo o tempo que vocês passam juntos pode ter “qualidade”, porque é quando recebem o que é mais importante para elas – sua atenção.
Este não é  um presente barato, vai lhe custar muito. Talvez você tenha de abrir mão de outras atividades, dizer “não” a outras pessoas ou hobbies.
Mas não se preocupe! As outras coisas e os amigos estarão  por aí mais tarde, porem os anos de infância terão passados para sempre. São irrecuperáveis.
Dê seu tempo de presente a seu filho. É claro que o estoque é limitado, mas jamais vimos uma lápide com inscrição: “ Gostaria de ter passado menos tempo com meus filhos”.

Texto extraído do livro: Deus está nas pequenas coisas. Autor Bruce & Stan.
Nesta casinha, residimos pouco mais de um ano, motivo de ficar na rota de desaceleração dos aviões em descida para pouso, em dias alternados,  por volta das 4h da manhã descia um jato internacional, que fazia um barulho ensurdecedor, as telhas pareciam tremer, se locomoverem, o que motivou em mudar dali, aquilo poderia influenciar psicologicamente e do sistema nervoso de nosso pequeno garoto, fui morar de aluguel no Bairro do Rio Vermelho, à Rua Rogério Farias, Edifício Visconde de Pirajá, apartamento 802. O meu propósito era em comprar o meu, acelerando a ideia depois que o Sr. Valter, proprietário do imóvel, que recebia os aluguéis  consignados e depositados em sua conta, olha, ele possuía um carro velho, uma Variante, aparecendo em casa a meses para vencer o contrato e discutir as bases para renovação,  um carro novo, aquilo me fez refletir, ali está o meu dinheiro ganho com sacrifício, tenho que tomar vergonha na cara e adquirir o meu.
Nesta moradia, alguns fatos interessantes são merecedores de registros, ali nasceu a minha linda fofinha, gerada em um final de semana passado em Jauá, tempo agradável, sem preocupação, me divertindo pelas dunas brancas, brincávamos como dois adolescentes, mesmo com as preocupações pelo meu vigoroso garoto, cheio de energia, muitas e muitas vezes o colocava para correr na areia com propósito de faze-lo cansar, para dormir,. só que me cansava primeiro.
Muitas foram as vezes que levantávamos assustados, preocupados com as janelas, qualquer descuido ou barulho no estacionamento ou no prédio vizinho, o “ meu garoto” se apresentava movimentando com cadeira na direção da janela, a solução imediata foi mandar colocar grades de ferro, mesmo assim, guardo uma nervosa lembrança, imagem inesquecível, ao chegar do trabalho um pouco mais cedo, de lá do estacionamento observei o meu filho grudado na janela, mesmo tendo uma empregada que havia trazido do interior para tomar conta do menino, estava era observando o “marão” na direção do Quartel de Amaralina, como se nada  estivesse sob a sua responsabilidade, apressei na subida sem que manifestasse, vez que, poderia assusta-lo e forçar um acidente, ao avista-lo com um semblante de satisfação, peguei pela cintura e com muita segurança, retirei-o,  vendo surpreso, as ferragens se soltarem e caindo do alto do oitavo andar, suei frio, porem, pela graça de Deus, não tinha nada lá embaixo, seria uma tragédia. Apressei  na motivação para aquisição de outra moradia e por sorte o apartamento 503 de Jucá, no mesmo prédio, estava a vender, caia como um mandado de Deus para mim, ficava a um andar do playground, fiz a aquisição e lá morei por mais de 20 anos.

FILHA, PODE LER...
“ A vida é um dom de DEUS, mas as suas mazelas e dissabores, lamentavelmente são criados, impostos por razões até bobas e superáveis. Infelizmente sou um deste exemplos. Não me furto em dizer que tive uma adolescência e juventude cheia de responsabilidades, apesar do despoliciamente paterno, vez que, o mundo foi minha escola, o que de certo modo me ajudou a enfrentar a realidade das coisas, mas, por outro lado, me fez uma pessoa fria, dura e inconseqüente em outras, tenho hoje os reflexos da falta de amor  e calor diário de meus pais, como, orientações, conselhos, o calor humano da família, felizmente, preservei e preservo uma formação cristã, virtude e fator preponderante que me fez e faz trilhar pelos caminhos legalmente admitidos pela sociedade, tido como bons, confesso, que conservo traumas e sentimentos. Na minha vida, provei de todas as orgias, convivi com gente de todo tipo, dogmas, seitas ou religiões, claro, com exceção daqueles envolvidos com drogas ilícitas, por sinal tudo me deu a conhecer as duas faces da moeda, mas, hoje sofro, mesmo amadurecido pelas razões seguintes: O DEUS, todo poderoso, traçou um caminho para seguir. Em 1973, concluir o curso de Engenharia, fui para o Rio de Janeiro fazer um Curso de Especialização em Arqueação e Medições de Tanques Armazenadores de Produtos Derivados de Petróleo, que me daria opção para trabalhar em um Convênio do Instituto Nacional de Pesos e Medidas e Conselho Nacional de Petróleo, para Ilhéus/BA, Aracaju-SE, Maceió-AL, João Pessoa-PB, Natal-RN e Recife-PE, fazendo opção pela Base de Recife, lá namorei uma moça que trabalhava no correio, por questão de gentilidade no atendimento, de minhas obrigações de trabalho, em seguida, uma moça evangélica que conheci em um encontro realizado na Igreja que freqüentava, se chamava Socorro ou Help, como normalmente a tratava, ela era de Garanhuns e tinha que me deslocar até lá, só que, em determinada viagem o pneu de meu carro estourou, motivando minha desistência. No dia da eleição, meu coração elegeu meu complemento da minha vida, não me esqueço em nada todos os gestos, olhares, momentos, artes, artimanhas e articulações, para que tudo chegasse a se concretizar meus sonhos, era uma opção forte e decidida, mesmo que por questões já descritas, para alguns, acharam estranho minhas atitudes, meu jeito de ser, DEUS quer,  assim serei. Casei, enfrentei situações constrangedoras com a minha               “MUSA,”tive pena dela, mas, tem grandes virtudes, comungou comigo pelos mesmos idéias, trilhamos por vias tortuosas, de dificuldades, porem, uma coisa estava acima de qualquer suspeita, o nosso AMOR, mesmo exercido a minha maneira de mostrar, talvez um erro, não vislumbro meio para corrigir, que DEUS me ajude a fazer o melhor, conservando meus instintos de ter uma família exemplar ( mesmo com as falhas de minha interpretação) com os meus lindos filhos que DEUS nos ofertou.
O momento matrimonial é muito difícil, minha “MUSA” achou por bem desconfiar de minha pessoa, talvez ter alguma razão, mas, com a pureza de um ser cristão, depois da minha escolha, não mais procurei ou me interessei por outra mulher, muitas foram  os oferecimentos, mas, pensava nela e em meus filhos e nunca correspondei às tentações, isso pode ser estranho declarar pelo machismo preponderante em todo o mundo, mantenho meu ideal que escolhi, ter apenas uma mulher na minha vida, claro, que o homem, pela masculinidade, não pode deixar de apreciar o belo da feminilidade da mulher, ela sempre fala pra mim: “ você não pode ver uma rabo de saia”, o pior que  é verdade, mas, até chegar ao que ela imagina, nunca acontecerá.
Para contribuir com a convivência, fizemos o Encontro de Casais com Cristo, não tive impedimento para que não participasse, muitos de meus familiares criticaram minha participação, por ter sido realizado e coordenado pela Igreja Católica e ser de formação Protestante, minha intenção era melhorar nossa convivência familiar.Não sei mais o que fazer, chego a desconfiar bobamente  dela de forma amadurecida, será que tem alguma “coisa” por trás disso além de ciúmes, para justificar  quem sabe a fantasia de um outro “amor”, às vezes penso em lhe falar, mas, controlo-me e isto me tem proporcionado muitos cabelos brancos e um envelhecimento precoce, quero e preciso corrigir isto e tenho orado a Deus, ultimamente mais que o normal, lhe pedindo orientação, gostaria e almejo que a decisão seja pela conservação do meu lar, com todas as virtudes e imperfeições que se apresentam, mas, tudo é da vontade de DEUS. Friso e afirmo, não troco, nem trocarei nada na vida, pela minha família, e, se houver uma destruição matrimonial, que DEUS me dê forças para viver só, pelo resto de minha existência, vez que, pretendo registrar nos anais da minha existência, como exemplo de vida para meus filhos, netos e prole seguinte, a história de um pai que trilhou pelos ensinamentos éticos da moralidade, honestidade e obediente aos princípios cristãos recebidos de meus pais; orgulha-me ouvir de meu filho: “ quero ser igual ao meu pai” e de um sobrinho ao visitar meu ambiente de trabalho: “ Tio, como você é querido, todos lhe abraçam, sem distinção de função, raça ou credo, desde o mais graduado ao pessoal da limpeza”. Este é um desabafo e se algum dia tiver a oportunidade de contar, mesmo em livro, os farei como registro histórico da minha existência, esta é minha vida. Oh! DEUS, pai todo poderoso, fazei compreendido, pelos que por algum motivo não aceitam o meu modo de ser, ou faça com que eu mude para atingir o melhor; seja feita a vossa vontade; isso lhe rogo de todo o meu coração, ajude-me a sair desta provação; oriente-me o que fazer; não destrua o meu lar. AMÉM. AMÉM, SENHOR JESUS.
Quero continuar amando aos meus queridos filhos e esposa, conserve em nós a vossa PAZ.
Meu coração tem vivido em pedaços nestes últimos dias, só DEUS sabe o meu sofrimento, talvés seja uma provação, seja, portanto, a vossa vontade.


Continuarei a ser o vosso servo em busca dos seus ensinamentos; Daí-me forças e resignação para suportar com paciência todas estas coisas, mesmo sendo desagradável, Ó Deus, Pai e Senhor do Universo. Daí a vossa orientação.
Continuarei a orar e pela graça de Deus, o ECC muito contribuirá para encontrar uma saída, que seja na PAZ.

Recorda-me ainda, que naquela moradia, presenciei e acompanhei os últimos dias de vida da minha querida, lutadora, inabalável na fé, carinhosa, amável mãe, muitas foram as noites que me levantava, coração abalado e cheio de sentimentos, na ponta dos pés me postava ao lado da cama onde estava deitada e de forma impressionante, como se previsse minha aproximação, acordava e perguntava: “ o que foi meu filho?”, não apresentava forças para o dialogo, simplesmente respondia: Nada minha mãe, estou sem sono e vir aqui dar uma olhada na senhora, como se lesse meus pensamentos, retrucava: “ Pode ir deitar meu filho, amanhã você vai trabalhar, eu estou bem”. Meu travesseiro, único confidente é testemunha das minhas noites perdidas e chorosas, os dias estavam contados, desenganada pelos médicos, o câncer já ocupava todos os ossos, minha mãe sofria demais, o que me foi possível fazer, fiz, tenho minha consciência tranqüila, em paz comigo e com Deus.






O CASAMENTO


O tempo é terrível, passa.... passa e passa, o dia de mudança da família para São Paulo, se aproximava,  ano bissexto, tinha que agir e articulei uma coisa inédita, marcar o dia de casamento para 29 de fevereiro, aniversário só se daria de 4 em 4 anos, inicialmente deram o acordo, viajei para a Bahia e repensando, mudaram  para 20 de março, dia de São José, chuva certa na minha horta e coincidia com o aniversário do pai dela, que se chama José, toda a cerimônia programaram para acontecer na própria residência na Rua Ernandes Braga, tendo sofrido alteração, com cerimônias na Igreja Presbiteriana de Madalena e na Igreja Católica Nossa Senhora de Lourdes, também no Bairro de Madalena e que usufruíam a amizade e intimidade com o Pároco.
 Antes de acontecer o dia do ato matrimonial, a Janinha fez uma viagem até minha terra natal CANAL à época, hoje, cidade de JOÃO DOURADO, homenagem ao meu bisavô, se fez acompanhada pelo meu irmão Sinézio Neto, foram por Juazeiro, Jacobina, Morro do Chapéu, foi realmente  estressante, conheceu toda a minha família, parte do sertão, suas belezas e características, bem como seu cruciante problema, a falta de água potável, lá a água é salobra, mas quem dela tomar, nunca mais deixa de retornar, como estava em Salvador, tive que me deslocar até lá para encontra-la, isto em um final de semana, pois, trabalhava todos os dias das 8 às 18h.
O dia já estava chegando, tudo puxado, tinha que vir de Canal o restante da família, vez que, parte já moravam em Recife e meus amigos do então IPEMBA ( hoje IBAMETRO) Evandro Paixão Martins, Raul Amaral, testemunhas, mais Wilton Vagner, Derly, Jarbas, Madalena e família  de Maceió, tinha que me deslocar da Bahia, cortar cabelo, fazer barba, checar roupa, limpar sapatos, providenciar viagem de lua de mel, atender meus convidados vindos especificamente para este fim, foi uma correria, nem tinha tempo para alimentar direito, da recepção não desfrutei de nada, o bolo, uma sumidade, de fazer inveja, nem provar tive a chance, fizemos o brinde com champanhe e desloquei  em destino ao United States of Salvador-BA, onde iria fixar residência na casa própria, situada ao Loteamento Parque São Jorge, lote 16, São Cristóvão de Aeroporto.
 Fizemos uma boa viagem, grudados e ansiosos pelo day after, amamos o dia e noite toda, nos fechamos em casa, caímos de uma rede, quebramos uma cama, os vizinhos notaram o drama, mas não perturbaram e se fizeram alguma coisa nem notei, estava ligada em outra coisa, o calor de uma grande paixão, a fruta é incomparável, interliga sentimentos, amarra artérias vitais entre os seres humanos.






SAÚDE E DOENÇA


Desde o nascimento com vida saudável, dados históricos demonstram que poucas foram as enfermidades e doenças vivenciadas, consta ter passado por infecções de garganta, ouvido, inclusive esta provocada pelas peripécias de criança, que se deu da seguinte forma: Meus familiares sempre foram agricultores, na minha infância o escoamento de produção de cereais, tipo feijão e milho, na maioria demorava de ocorrer, pelas dificuldades de estradas péssimas, compradores aventureiros, intermediários de má-fé, os produtores preferiam armazenar em depósito,  a granel, que muitas das vezes, abarrotavam até quase o teto, que nos facultava utilizar de paredes para executarmos pulos, e, foi numa dessas que o caroço de feijão alojou dentro do meu ouvido, chorava de dor, também podera, corpo estranho alojado dentro de um essencial órgão vital.
A notícia correu, meu pai tomou conhecimento e providenciou levar-me ao médico, que de uma forma simplória, mandando tapar o outro ouvido, colocar dois dedos fechando os orifícios do nariz, encher os pulmões de ar e pressionar, não é que o caroço saiu, porem, me deixou marcas, levando a receber o apelido de “Caroço”.
Outra enfermidade que me deixou marca, foi no tempo em que meu pai na luta pela sobrevivência começou a matar gado e vender no varejo em feira pública. Tinha mais ou menos três anos, acompanhava curiosamente os serviços de magarefe, desde o curral, abate, esfolamento (tirar o couro), esquartejamento e salgamento da carne para virar a famosa e muito procurada “ carne de sol”, ora, criança é muito curiosa, não fugia a regra, observava todos os detalhes, inclusive o de afiamento dos instrumentos utilizados, para marcar, peguei uma faca daquelas usadas pelos açougueiros, que havia deixado negligentemente em local fácil, apoderei de uma e fui direto para a pedra de amolar, não sabia distinguir o que era, o corte e costa da faca, peguei e comecei a executar os mesmos movimentos dos profissionais, só que com uma particularidade, com mais pressão, isso demorou um tempo suficiente a cortar o dedo maior de todos em sua totalidade, na junta e ofender aos vizinhos, só não concretizando porque descobriram a quantidade de sangue que se alastrou por todo o local, o que era interessante não chorava, esta estripulia me deixou aleijado de um dedo.

Outro incidente se deu quando tinha  mais ou menos cinco anos, meu tio João Oliveira, nosso vizinho, possuía uma “venda”, pequeno comércio, bom de conversa e como gostava das histórias, vez por outra lá estava corujando, minha tia Jaci, que também é prima, pois é filha de uma irmã de meu pai, entrou sorridente e muito gentilmente anunciou que estava concluindo o feitio de um doce de leite e depois traria um café para todos, ora, menino é cheio de curiosidade, acompanhei-a até a cozinha num jeito pidão e interessado em receber alguma coisa, no mínimo, raspar o tacho onde estava sendo feito o doce, minha tia, percebeu e me fez uma oferta: Rubinho, vai ali no quintal pegue uns gravetos de lenha, depois lhe dou o tacho pra você raspar, era tudo o que queria, fui num pé lá e outro cá, trouxe um pequeno fardo de lenha e ao retornar não mais encontrei a minha tia na cozinha,observei que o tacho já estava fora do fogo, a fertilidade mental de criança curiosa, imaginou já ter concluído o doce e que o mesmo já se encontrava à minha disposição, pequeno de estatura, levantei os dois braços e segurei as bordas do tacho, tentando colocar no chão, não é que tudo estava esfriando no tacho, nem tempo tive de imaginar, recebi uma concha pela cara, queimando o queixo e se espalhou pela região peitoral, sair de mansinho, saltei duas janelas e fui me deitar no meu quarto. Minha tia Jaci ao retornar de ter ido levar o café prometido, pasma, saiu a me procurar, minha mãe, costurava na sala e quando abordada não sabia dar notícia a meu respeito, achava que se encontrava brincando pelo quintal, lá do quarto ouvia silenciosamente, receoso pelo que tinha feito e com medo de apanhar. Minha mãe largou o que estava fazendo e saiu a minha procura, só identificando onde me encontrava ao adentrar o quarto e deparar com o quadro estendido sobre a cama, lençol cobrindo da cabeça aos pés, os olhos a tempo de saltarem, de tanto remorso e medo,  silenciosamente gemia, meu corpo estava cheio de bolhas pela queimadura, isso me deixou uma marca na altura do tórax e que levo até o último dia de minha vida.
Minha infância e adolescência foi muito saudável, nem gripe não tinha, tive coisas de criança, como: sarampo, catapora... etc. praticava esportes, futebol, por exemplo, fazia com bola de bexiga de boi, meia, plástico, etc,. corria, andava a pé muito, praticava acrobacias em armações inventadas como picadeiro, equilibrava pelo calcanhar, isso tudo no quintal de ALBERTO, com a participação de Carlinhos, Otávio, Wilson Doca, Dário de Samuel, Jailton e Rato da Rua do Sabugo, tempo bom e inesquecível.
A busca pelo conhecimento me fez deslocar para outros lugares, o primeiro foi Irecê, fazer o lº ano ginasial, lá fiquei morando em uma república e depois fui morar na casa de Rosinha de Joaquim Menezes, prima, filha de Tio Zeca Mó e Joaquina, irmã de meu pai. De Irecê fui para Campo Formoso, estudar no Ginásio Augusto Galvão, lá concluindo o ginasial , não tive nenhuma enfermidade, só pintava uma gripe de vez em quando, achava comum, não era só eu, as vezes uma epidemia, que atingia toda a comunidade.
Naquela época, concluir o ginásio, era uma grande conquista, famílias vinham muitas vezes de longe, para presenciar este  feito, lembro-me que meu pai comprou o primeiro terno pra mim, um azulão que muito me chocava, nem foto deixei tirar, achava aquilo um espanto, nunca falei para meus pais isso, fizeram sacrifício, mandaram para uma alfaiataria fazer no capricho, que belo ato dele, suportei travado, as vezes temos que aceitar a contra gosto, presentes, foi o sentimento dele, tive que "engolir", um eterno agradecimento por tudo que fazia pra mim, sentia ser " o orgulho " maior de sua vida, levo esse sentimento de coração e farei o possível para corresponder e até transmitir aos meus descendentes.
Mas, meus caros leitores, não compareceu ninguém de minha família nesse evento, senti muito, mas, compreendi os motivos.
O caminho seguinte, seria buscar o conhecimento em instituição de segundo grau, colegas de melhor poder aquisitivo já tinham destino certo, eu teria que me movimentar e conquistar, já pensava nessa época, em ser um profissional de conhecimentos jurídicos, mas, tive de desviar esse objetivo e buscar a agropecuária, assunto que não tinha aptidões, nem sempre se consegue o que pretendemos, partir para muito longe de meus familiares, a Capital Federal, recentemente fundada pelo Presidente Juscelino, fui parar na Cidade Satélite de Planaltina, Colégio de Aplicação ou Colégio Agrícola de Brasília, lá passei mais de três anos, muito pouco voltava à minha terra natal, " CANALZINHO DE AÇÚCAR ", hoje, Cidade de JOÃO DOURADO, homenagem ao meu bisavô, responsável pela formação daquela comunidade, era comerciante, " tropeiro ", entre JACOBINA e MACAUBAS, e, minha terra, era um ponto de parada, para descanso, dar água aos animais, depois seguía viagem.
Vamos seguir com os meus caminhos a percorrer, neste período não tive enfermidades, salvo aquelas de rotina, por situações climáticas ou sazonais.
Em 1969 retornei a minha terra, ansioso em conseguir algum trabalho que pudesse me manter e suportar despesas na preparação para o Vestibular, o bicho papão lá não tinha nenhuma perspectiva, tinha que me movimentar e tive o apoio do primo Reverendo Celso que era capelão do Colégio 2 de julho em Salvador, me ofereceu trabalho de " bedel ", encarregado de disciplina para os então internos, abracei o desafio e fui, porem, meu foco era estudar para o vestibular, mas, as chances era menores para quem tinha estudado no interior ou em cursos técnicos, era o meu caso, em todo esse tempo não tive enfermidades, saúde de ferro, assim julgavam. Entrei no IPEMBA, hoje IBAMETRO em agosto de 1970, porem, só assinei contrato pelo regime CLT em 11.04.1971, comigo nada de enfermidade, porem, em 20.05.1971 recebi a notícia em trabalho, da morte de meu querido, com apenas 1 mês e 9 dias de contrato, foi muito duro pra mim, mas tinha que enfrentar os problemas da vida, meu pai não teve a alegria de me vê formado em Engenharia, mas, sabia que havia passado no vestibular em janeiro deste mesmo ano. A vida continua e não posso navegar contra a maré da vida. Durante todos esses anos, na área de saúde fui um gigante, prêmio de meu Deus. Os anos se passaram, perdi um irmão e também a minha guerreira mãe, nenhum desses incidentes me afastou  do foco de minha vida, tenho e sempre haverei de ter, muita fé em Deus e com ele, vencerei qualquer obstáculo. O tempo é cruel, passa, nos envelhecemos, aliás, nos tornemos mais experientes com as coisas do mundo. Sempre pratiquei esportes, talvez por isso não era sujeito a doenças, mas, tudo evolui e a juventude muitas vezes não vislumbra o amanhã, seja pessoal ou coletivo, não fugi à regra, achava que minha saúde era de ferro, praticava excessos nas alimentações, ora, quase sempre nos finais de semana o churrasco era prato certo, as carnes brilhavam na gordura, calabresa... que vinha todas, não descriminava tipo, uma farofinha com cebola, me incentivava continuar, já deve estar desconfiando que pensava  esquecer da geladinha, que nada, não tinha limite pra parar, meu carro já estava adestrado a percorrer o caminho de casa, acho que guiado por DEUS, dou graças por tudo na minha vida, abusei das coisas do mundo, negligenciei e teimei com os médicos de que não era e nunca aceitava ser " hipertenso ", brincava ser o síndrome do jaleco branco, e o pior aceitavam minha explicação. Ninguém é eterno ou de ferro, somos seres humanos sujeitos às intempéries diárias, somos uma máquina humana sujeito ao desgaste, cujo problema pode acontecer a qualquer momento.
Sou metódico em meus objetivos, as vezes tornam em teimosia, insistência, obsessão, o resultado muitas vezes são cruéis, isto aconteceu comigo, lamentar agora já não corrige o erro cometido, vou lhes contar detalhadamente o ocorrido: Caminhava todos os dias pela manhã na orla de Salvador, algumas vezes sentia uma leve tontura, mas, logo passava, olhe me pergunte: Porque não procurava um médico pra se queixar? Ora, pura teimosia, o pior, não comentava com os familiares, tá curioso... e aí o que aconteceu? Ah!  Caro leitor... veja: Certa noite estava assistindo televisão na sala, tráfego nervoso nas vias periféricas, buzinas intensas, guerra estressada dos condutores, de repente um freagem brusca de carros, levantei bruscamente pra ver a miséria dos outros, olha... minha esposa estava ao meu lado, só levantando depois do susto que sentiu com o meu movimento estranho e sem controle, que demorou... segundos, muito preocupada, perguntou: O que aconteceu? Respondi: Uma coisa estranha aconteceu  comigo, não sei nem lhe explicar.



MEU PRIMEIRO CONTATO COM A FAMÍLIA DE MINHA ESPOSA

Tinham uma grande confiança nela, achavam que não mentia, nem se utilizava de treitas ou manobras, o certo é que, ao se falar em ir para alguma lugar, o ponto de referência, dizia os pais, “ se for acompanhada de Janinha, deixo “, vejam como as coisas estavam dando certo, ela sem modéstia de minha parte, parece ter arriado todos os pneus  por mim, também era um galã naquela época, dificilmente teria outro naquela situação que podesse fisga-la, então, muito do convencido, aliado às experiências de vida, não deixava perder as oportunidades de satisfazê-la, mas, nem tudo ocorre em segredo, os pais delas muito de desconfiados, notou uma movimentação diferente para atender-me no portão, e, a Janinha sincera, sua característica, falou para sua mãe, que estava gostando de um rapaz e que este
 estava no portão, e para sua surpresa armaram uma recepção, como sempre, sou disciplinado e muito consciente do que faço, onde fazia cumprir um ritual de visitas restritas às Quartas, Sextas, Sábados e Domingos, e que o horário não poderia ultrapassar as 22h, atitude que teve influência nos demais rapazes que namoravam com outras irmãs, passando a acolher tal determinação, que muito agradou aos pais dela, vez que, o dia seguinte normalmente era “ dia de branco e/ou de trabalho”, olha aí, conseguindo a confiança dos pais dela, era uma estratégia de um cara bem vivido.

A surpresa teve que chegar e de uma forma inesperada, cheguei em um dia, daqueles de rotina, encostei o fusquinha amarelo, acionei Mana, que fez uma ligação, quem atendeu foi a Renata e que respondeu sem rodeios: “ Podem entrar “, confesso que tremi nas bases, entrei, ao chegar na sala, relativamente grande, bem arrumada, sofá circulando por toda ela, um centro grande, cheios de revistas e jornais, o ambiente parecia devidamente preparado para aquele evento, sentei de costas para o lado da rua, desconfiado, tremendo, tratei de pegar parte do jornal, que azar, os classificados, nada daquilo me interessava, o momento era mesmo delicado, os cabelos arrepiavam, a rigidez nos nervos me imobilizavam, pensava no que falar e o que falar, estava numa praia estranha, porem, tinha que enfrentar, de repente entrou uma senhora, loira,  muito bem vestida, esteticamente perfeita, olhos graúdos e boa na fluência  na lingüística portuguesa, segura no estava ali fazendo, fiz logo minha dedução, “deve ser a mãe dela” e “ de uma ´árvore dessa só pode ter produzido bons frutos”, nestes incluía a minha pretendida, em seguida entrou um senhor, bigode preto e cheio, franzino, usava uns óculos, que lhes dava uma fisionomia de carrancudo, poucas palavras, mas, utilizadas no momento adequado, como se tudo estivesse devidamente orquestrado , a mãe dela, com a sua psicologia, notou que tinha ficado meio nervoso, fez algumas brincadeiras, facilitando o meu relaxamento, cheguei a dar um sorriso meio forçado, sem graça nenhuma em momento normal, mas, a Teresinha, começou a fazer algumas perguntas, tipo: Origem, Formação, Vida Profissional e as minhas Pretensões futuras. Respondi a todas sem muito rodeios.
A Janinha sentou-se ao meu lado, como se dispondo a dar uma força e deu, as energias foram renovadas e me senti revigorado para demais questionamentos, mas, ficaram por alguns instantes sem pronunciarem nada, me deixou desconcertado, lancei mão em outro jornal, que droga, era o complemento do caderno de classificados, acho que naquela altura nada me interessava, utilizava do jornal como disfarce, escondia o meu rosto do foco de olhar de todos os demais presentes, vez por outra, baixava disfarçadamente o jornal e parecia que todos estavam mesmo vislumbrando a minha pessoa. Trouxeram um pudim, não me lembro de que foi, o nervoso me tirava do sério, serviram água, oh!, que alívio, depois, passaram a fazer apresentação dos filhos, ali é a Rosi, seu namorado Júlio, Oficial do Exército, a Riso e seu namorado Nereu, estes veteranos na casa, gozavam de intimidade, o Roberto, filho mais velho com a Eunice, Renata, Rosana, Rosângela, Merinha, lembrando ter um mais novo, que tomou o nome do pai o Júnior e não estava ali, daqueles mencionados, tinha receio e medo do Roberto, Tenente do Exército, imagem carrancuda e moralizadora, igual ao que tinha do Seu Pereira. O caçula trabalhava no BANORTE, não fedia nem cheirava, levava sua vida rotineira e usufruía as vantagens de um jovem socialmente bem relacionado e portador de uma fisionomia elegante, invejável pela juventude à época (o meu filho se parece demais em muito com ele).

Detalhei minha família, moravam em Irecê/BA, não tinha mais pai, era agricultor e pecuarista, morreu por uma picada de cobra (cascavel), e decorria apenas três anos de seu falecimento, adorava meu, pai, com quem confidenciava todos os meus sonhos, depois, comecei a citar os nomes dos irmãos: Floraci (Flora), Eu, Robervaldo (Vadinho), Florilda (Lidinha), Sinézio, ( Neto) Renério, Florizi (Nenga), Rubenilton (Nito), Robson, Reinilton, Ana Lúcia (Lulu) e Adonias João (Joãozinho), tanto nome que pareciam se perder, a Teresinha indagou: Quantos homens e mulheres? Respondi: oito homens e quatro mulheres, continuou a indagar: Quantos menores?, sete, Quanto tempo pretende ficar aqui? Pretendia até morar aqui, acho legal aqui, mas, por força de meu trabalho tenho que voltar pra  Salvador, sede do meu trabalho, em janeiro, deixando aqui em Recife meus irmãos Sinézio Neto e  Florizi, que os trouxe para estudarem e trabalhar, se não fosse possível manter em apartamento alugado, iriam morar na cidade do Cabo. Que pretendia agilizar noivado e casamento, vez que, toda a família estava na pretensão de irem morar em São Paulo e aí tornaria impraticável a continuidade de namoro, iríamos morar em Salvador, onde já possuía uma casa no bairro de São Cristóvão, próximo de Itapuã, alguém presente se pronunciou: “ já ouvi falar de Itapuã, numa música de Dorival Caymi”, é verdade, bela praia, cheias de coqueiros e de uma famosa lagoa, a Lagoa do Abaeté, motivo de uma descontração e animada conversa, cheias de brincadeiras.
 O noivado não podia demorar, e o fiz do meu feitio, sem que a Janinha desconfiasse, mandei buscar minha mãe, que se fez acompanhada de Nenga, Lidinha, Vaguinho e Derly, botei uma champanhe super legada dentro do fusquinha, enrolei em jornal para manter gelada, só meus convidados sabiam o que iria acontecer, a Janinha já estava preocupada, até chegou a desconfiar que aquilo seria um prenúncio de término em nosso relacionamento, ora, ledo engano, sou de fazer surpresas inesperadas e tudo aconteceu sem pompas de tantos outras cerimônias de pedido de noivado.





 LIÇÕES DE VIDA


Certa feita estava na sala de espera de um consultório médico e percebi uma folha solta entre revistas e a curiosidade me fez com que a tomasse para ler o conteúdo, cujo título era “APRENDI “ e dizia o seguinte:
   - Aprendi que eu não posso exigir o amor          de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter a paciência, para que a vida faça o resto;
-          Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las;
-          Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos;
-          Que posso usar meu charme por apenas 15minutos... depois disso preciso saber do que estou falando;
-          Aprendi... que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida;
-          Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces... e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho;
-          Aprendi... que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser... e devo ter paciência;
-          Mas aprendi também que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei;
-          Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles;
-          Que os heróis são pessoas que fazem o que devem fazer “ naquele momento” independentemente do medo que sentem;
-          Aprendi que perdoar exige muita prática, que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso;
-          Aprendi... que nos momentos difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas;
-          Aprendi que posso ficar furioso, que tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel;
-          Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois, seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convence-las disso;
-          Aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando... e que tenho que me acostumar com isso;
-          Que não é o bastante ser perdoado pelos outros... preciso me perdoar primeiro;
-          Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso;

-          Aprendi... que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto;
-          Aprendi que, numa briga, preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver;
-          Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiam, e quando duas pessoas não discutem, não significa que elas se amem;
-          Aprendi que, por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também, isso faz parte da vida;
-          Aprendi que minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa da gente que eu nunca havia visto antes;
-          Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio;
-          Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério;
-          E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos;
-          Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejamos retê-las para sempre;
-          Aprendi, afinal que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.

Foi depois de ler o conteúdo contido nesta folha de papel, que aprendi que ainda tenho muito que aprender da vida.
Que a bênção e a paz desta data de amor e perdão, possam estar presentes na sua vida; desejo que neste Natal você busque pela paz, porque buscando a paz, você encontrará o perdão, o amor e a fé andarão de mãos dadas com você. Continue buscando a Deus, confiando no seu poder, pedindo com a certeza de que seu desejo será ouvido pelo Pai. Aproveite o Natal, ajoelhe, ore, peça perdão, perdoe. O menino Deus é cheio de poder e bondade; abra seu coração, ame, só assim você encontrará o brilho da paz que sempre esteve à sua volta. Continue buscando a Deus; continue no propósito do Pai, assim você entenderá os mistérios que a vida coloca em seu caminho. Feliz Natal, na paz de Deus.






EM BUSCA DE CONHECIMENTO   DE 1966 a  1968

Com o certificado de conclusão do Ginasial, após solenidade sem qualquer presença de meus familiares, meditei sobre o próximo destino, sem que sobrecarregasse despesas para meus pais.
Procurei contactar com Daniel Loula, Vasny Vasconcelos, Juarez Loula, Antônio Loula, todos já estudavam em Brasília, obtendo sinal “verde” na obtenção de uma vaga para estudar no Colégio Agrícola de Brasília, instituição federal, em regime de internato e que teríamos de trabalhar na produção de horticultura, criação de bovinos, suínos e aves, como parte prática de ensino, muito diferente daquilo que sempre pretendia fazer, não possuía aptidão e ou perfil para tal, mas, as condições favoráveis, nos conduziram a chegar ao indesejável -  CONHECER AS TÉCNICAS AGROPECUÁRIAS.

Procurei arrumar uma  “ mala batida”, identificadora de catingueiro do sertão baiano, munido de algum dinheiro, com muito sacrifício conseguido pelos meus pais e rumei de ônibus Irecê a Feira de Santana, depois a Belo Horizonte via Governador Valadares e de lá a Brasília, que ainda tinha que me deslocar até a Cidade Satélite de Planaltina, onde na zona rural, distante uns 3km onde ficava o Colégio.
O sistema de gestão obedecia aos rigores de militarismo, tendo à frente um Engenheiro Carioca, Dr. Ercílio Faria, pai de um aluno Ugo Faria, que coincidentemente estudava na minha sala. Procurei me aproximar dele e dele às graças do Diretor. Em todas as praticas, tornou-se parceiro, pois, não tinha habilidades para as atividades.
Conhecer o Diretor e ao Vice-Diretor, sergipano e de muito boa relação com autoridades do Ministério da Agricultura, formamos um grupo de baianos, como, Eduardinho, Roberto, estes bons jogadores de futebol e Clodoaldo de Jacobina, que, pela interferência dos Dirigentes, conhecemos muitas autoridades do governo, inclusive, do Marechal Humberto Castelo Branco, pessoa dura, porem, justo e de muito respeito, fator de ter chegado à Presidência da República e talvez ter gerado ciúmes, sendo articulado viagem à sua terra, Ceará, que veio a ceifar em acidente a sua vida, choramos junto a morte de Castelo Branco.
Pelo Colégio, sempre estávamos envolvidos com o esporte e pelos eventos comemorativos às datas cívicas.
Também conhecia parentes que moravam no Plano Piloto, como Hermenito Dourado, que chegou a ser Ministro, Dra. Haydeé Gaunaes Dourado, Chefe de Gabinete do Ministro da Educação Coronel Jarbas Passarinho, Dr. Crisóstomo Dourado, advogado muito conhecido pelo Brasil Central e outros parentes, pertencentes à Igreja Presbiteriana, em cujo finais de semana freqüentava e filava o almoço, retornando ao colégio antes do anoitecer.

A evolução política é muito dinâmica, que veio a provocar mudanças da diretoria do colégio, vindo de Minas Gerais os dirigentes, que transtornou e modificou tudo, só que, para pior, nos causando uma grande decepção pela lastimável gestão, tendo motivado a eclosão de um movimento estudantil que tomou grandes dimensões, inclusive, de estudantes da Universidade de Brasília, de quem partiu a idéia de “ DECLARAÇÃO DE TERRITÓRIO LIVRE “, o primeiro na história da educação nacional, que definia:
-          Afastar toda a Diretoria, não permitindo o acesso às suas instalações;
-          Permitir o acesso de alguns funcionários, devidamente autorizados pelo Comando, face às atividades essenciais vinculadas;
-          Não permitir a saída de servidores que moravam dentro das instalações do colégio, salvo, se identificassem motivações devidamente submetidas ao “aprovo” do Comando;
-          Constituir Comissões de gestão, dentro do alunado;
-          Ocupar a cozinha e dotar de apoio de estudantes aos servidores.


Não poderia de ser, no Staff Maior do Comando, tinha infiltrado estudantes conhecedores da pesada em movimentos revolucionários, com invejável coragem, enfrentavam os rigores militares do regime.
Pelo conhecimento de muitas autoridades do governo, fui convocado a participar da Comissão de Comunicação, o leva e traz de informações, além de contatos com parlamentares do Congresso Nacional, que motivou convites a Deputados Federais a efetuarem uma visita às instalações do Colégio, para dirimir notícias de que os estudantes estavam depredando o patrimônio do Colégio e conhecer os verdadeiros motivos que defendíamos.
A esta visita de Deputados Federais às instalações, por questões de segurança não foi possível acompanhá-los, todos sendo recepcionados pelo Staff Maior do Comando e a presença de nossa Comissão, para reconhece-los na  primeira barreira de acesso. A título de informações, para se chegar às instalações do Colégio, possuía apenas uma entrada e uma ponte sobre um rio, fator favorável ao aumento de dificuldades para acesso, face os continuados barramentos criados.
No período de movimento utilizávamos as trilhas pelo cerrado, andávamos vários quilômetros em trilhas para livrarmos do assédio da polícia, que tinham infiltrado entre eles servidores “dedo duro”, que conhecia a cada um  dos estudantes.
Certo dia, numa dessas saídas, ao chegarmos no asfalto próximo à Cidade Satélite de Sobradinho, mais de 15km distante de Planaltina, fomos reconhecidos pelo motorista do Diretor Geral, que estava em trânsito para ir busca-lo, que nem para cumprimentar a gente, deu ousadia, mesmo se o fizesse estaria comprometendo a gente, pois, poderia alguém, nos identificar e sermos apanhados pelo polícia, além, de compromete-los junto aos dirigentes, pelas óbvias atividades vinculadas à sua função.
Chegamos por volta das 11h ao Campus da Universidade de Brasília, uma multidão já nos esperava, ansiosos a receberem notícias do Colégio e o andamento dos próximos passos. Um carro de som foi ocupado pelo Comando Auxiliar da Pesada, encetando a endurecer o movimento.
Ao anoitecer, retornamos à Escola, reunindo no Auditório e transmitirmos todas as notícias e os passos seguintes a tomarmos.
A polícia notou o aumento de movimentação e aumentaram os meios psicológicos de pressão e de ameaças de invadirem a  força as instalações do Colégio.
O terrorismo psicológico surtiu efeito, lá pelas 4 ou 5h da manhã, isto feito há mais de dois dias, venceu pelo cansaço, rompeu todas as barreiras, prendeu todos os membros da Comissão de Segurança e invadiu as ocupações estudantis, prendendo-os todos e conduzidos ao auditório, sob um forte tratamento a cada um, não tendo mais nenhum contato com os demais membros do Staff Maior, dando sumiço e só posteriormente sabido, terem encaminhado a cada responsável ou pai, devidamente conduzido por policial até seu destino.



domingo, 12 de maio de 2013

IRMÃOS

FLORACY, ( FLORA), primeira filha de ADONIAS e JAMIM, nascida em 16 de outubro de 1946,uma benção o casal e  "ser benção " é ser um canal por onde as BÊNÇÃOS  DE DEUS escoarão em direção à nossa família, nossos amigos, nossos irmãos na fé e para toda a humanidade. Minha irmã  teve uma infância comprometida face obrigações domésticas e ajuda nas atividades agropecuárias.Foi minha parceira a caminho da escola, muitas vezes sendo enganada por este narrador, o deslocamento Fazenda-Escola eram feitos por meio de animal, carro de boi  e/ou de bicicleta modelo feminino, pneu fino. que pelo caminho tinha uma ladeira no terreno vermelho e muito areia, tinha mais ou menos um quilometro,pedia para descer da garupa da bicicleta, subia sozinho montado e pedalando, era pura esperteza minha. Casou-se com OLDEGAR CARDOSO VIANA,  tem os seguintes filhos: Flaterno,  em homenagem ao avô paterno,casou-se com Mauricélia que já tem um filho, o Valdevir;  Rivelino o segundo filho, casou-se com Maria Gardênia, que já tinha um filho, tendo desta união, Salatiel e Natan; o terceiro filho, Adonias,nome dado em homenagem ao avô materno, casou-se com Ziliana, desta  união tem os filhos Micaellem e Pedro Luan; o quarto filho Agaipio, nome em homenagem a um tio, casou-se com Daiane e tem um filho o Agaipinho e o quinto filho Oldegar Filho;que levou o nome do pai, casou-se com Cleuma e tem uma filha, Agnes.
RUBEM, este narrador de dados biográficos, segundo filho, nascido em 19 de agosto de  1948, sua infância e adolescência está detalhadamente relatada em parte isolada, casou-se com REJANE PEREIRA LIMA na cidade de RECIFE em  20 de março, em homenagem a São José e José Pereira Lima, seu pai; tem um casal de filhos, REUBEM, " MEU GAROTO " nome dado pela junção das letras iniciais, RE de Rejane e UBEM, como fruto do BEM e o nome deste narrador, casou-se com Eneida, tendo desta união, as filhas, JÚLIA e BEATRIZ,  " BIA ", ele tem ainda, um filho fora do casamento, o LUIZ FERNANDO, " NANDINHO " como carinhosamente chamamos,  reflexo de uma juventude sem compromisso com a realidade da vida, estava estudando, participava de todas as extravagâncias que o mundo oferece, não dá a assistência que um  pai deve dar a um filho, talvez por ciúmes da esposa e JANINE HELEN; " MINHA FÔFA ", inseparável companheira da mãe, a ambos foi dado o conhecimento de nível superior.
ROBERVALDO, ( VADINHO), terceiro filho, nascido em 2 de novembro de 1949, dia adotado,     como " FINADOS "  sempre atarefado com os trabalhos agrícolas, não afeito aos estudos, apresentava muitas desculpas para deixar de ir à escola.Treita pura.Casou-se com MARINALVA SANTANA, tem duas filhas,Magnólia e Regina, tendo adotado um filho, que deu o nome de ROBERVALDO JUNIOR.
RENÉRIO SOBRINHO, quarto filho, morreu com apenas dois anos de idade, menino vigoroso, esperto e gordinho.
SINÉSIO NETO, quinto filho, nascido em 1º de abril, considerado o " DIA DA MENTIRA ", mas este irmão, tinha tudo inverso à apologia dada a esse dia, pessoa de caráter, leal a todos, trabalhador, alto poder reflexivo, pela sua simplicidade, sobre esse irmão falarei em capítulo especial mais adiante. Muito contribuiu nas atividades agrícolas, sempre teve espírito futurista, guerreiro em busca da independência familiar, mesmo raciocínio deste narrador, o mais político em nossa família. Fez o ginásio em Canal, saindo para Recife onde trabalhava o narrador. Casou-se com MARIA CONCEIÇÃO ALVES em Aracaju e teve dois filhos, GETÚLIO,a cópia do pai, este vencendo todos os obstáculos. com determinação e muito apoio da mãe, obteve a graduação em medicina, IVO, garoto esperto, inteligente, já cursando engenharia, foi vitimado por vírus terrível, vindo a falecer em hospital no Rio de Janeiro, mesmo com todas atitudes de persistência na busca pela cura por meio de sua guerreira mãe, sofredora, mas, muito determinada na busca de uma vida melhor, lutou sozinha, pois, perdeu o marido SINÉSIO, ainda muito jovem, deixando dois filhos menores.
RENÈRIO AUGUSTO, sexto filho, muito contribuiu com as atividades agrícolas, especialmente depois da morte de meu pai, pessoa determinada, religioso, consciente, leal, de caráter. Cursou o ginásio em Canal e seguiu o caminho de SINÉSIO NETO, que morava e trabalhava em Aracaju, levou em sua companhia dois outros irmãos, com o propósito de ajudar a viúva mãe, JAMIM, estudar e dar apoio aos irmãos que moravam com ele. Casou-se com a sergipana CLEIDE e tem três filhos, RANIERE , RENIERE e CLEIRE.
FLORIZI ( NENGA ), sétimo filho, buscou o conhecimento em companhia de SINÉSIO em RECIFE, onde este narrador, alugou um apartamento para alojar os irmãos, só desfazendo deste ato, ao arrumar um emprego para o irmão SINÉSIO na Representação do INMETRO no Estado de Alagoas. Esta irmã terminou o segundo grau e fez a opção de casar-se com DAVI CASTRO, obtendo desta união os filhos Cornélio, Danilo e Vinicius;
FLORILDA, ( LIDINHA ), oitavo filho, muito contribuiu com as atividades domésticas, não quiz saber de estudos,  casou-se duas vezes, uma com LICINHO, um maluco de LAPÃO, que foi um dos responsáveis pela morte de meu pai, escondeu as informações, que muito contribuiu pelo fato. O segundo casamento foi com EMANUEL ( MANU ), tendo como filha EMANUELA, que muito jovem ficou orfã de mãe, sendo criada inicialmente por minha mãe e depois da morte de minha mãe, assumiu a minha irmã NENGA;
RUBENILTON, ( NITO ), nono filho, tratorista oficial de meu pai, mesmo tendo o apoio neste trabalho, de todos os demais, era quem sustentava a peteca, tinha habilidades mecânicas e lhe faltava interesse para buscar o saber, o conhecimento. Casou-se com ANA BENTO e tem os filhos JAMIM NETA ( NINHA), ROMÁRIO e RUBENILTON FILHO ( Nitinho ).
ROBSON, décimo filho, estudou o ginásio em Canal e Aracaju, retornando à terra natal e fez o curso técnico agrícola em Presidente Dutra. Casou-se com AGACI, que morava em Gameleirinha de Jacaré, hoje distrito de São Gabriel, sua esposa já tinha uma filha, ANDRÉIA e do casal nasceram mais duas meninas, JAMILE e SABRINA;
REINILTON, décimo primeiro  filho, nunca quiz nada com estudo, tem muita habilidade com serviços elétricos e sobrevive desta atividade. Ele também acompanhou meus irmãos em Aracaju, com finalidade de buscar conhecimento ou outra função, mas por desinteresse teve que retornar a CANAL. Casou-se com JAELE e tem os filhos Reinilton Junior, João Marcos e Emérson;
ANA LÚCIA, décimo segundo filho, muito esforçada, colaboradora, buscou o magistério em Canal e mais recentemente fez um curso superior. Casou-se com CEFAS e tem os filhos CEFIANE, LUCIANO e JONIAS;
ADONIAS JOÃO, décimo terceiro filho, o caçula de todos, ficou órfão de pai e mãe muito jovem, tendo que praticamente adotá-lo, considero meu filho e tudo por ele sou capaz de fazer. Fez o ginásio em Canal e cursou em técnico agrícola em Presidente  Dutra. Morou por um bom período em Salvador, na busca por uma melhoria na vida, foi comerciante, quase camelô, exerceu gerência de supermercado, DUKEL, INSINUANTE, RICARDO ELETRO e atualmente nas CASAS FREIRE. Casou-se com ARIADNE em Salvador e não tem filho do casal.
O irmão que gostaria de ter. Trata-se de ADAILTON SILVA DOURADO, pessoa que muito se identifica com este narrador, filho de uma família humilde como a minha, perseguiu momentos difíceis na busca de uma vida melhor, diferente daquela levada pelos nossos pais, agricultor, focou em seus estudos, começou a trabalhar ainda muto jovem, teve que alinhar trabalho com horário de frequência na Faculdade, morou em república, casa de hospedagem coletiva e conseguiu o Bacharelado em Odontologia, sempre referência para seus familiares ( inclusive pra mim ), ajudou em todos os aspectos possíveis para o crescimento ( status, economia, conhecimento ), somos tão semelhantes, que tornei padrinho de um filho dele (LEO) e ele de meu filho (REUBEM), não nos afastamos, muito boa relação de amizade familiar.





domingo, 5 de maio de 2013

APRESENTAÇÃO





APRESENTAÇÃO
A História se compõe do registro de modestos acontecimentos que, associados de maneira metódica, dão significado e relevância a episódios transcendentes da evolução do ser humano. Os projetos de vida e  suas realizações, ainda que de pouco relevantes, ou mesmo as intenções não efetivadas no nosso dia a dia  constituem a nossa História, mesmo de forma particular. Registrá-los e preservá-los para o futuro, certamente se revelará útil e gratificante, “um dia” mesmo que dele não participe fisicamente. Fazer deste relato uma MEMÓRIA, me transborda de privilégio e orgulho, dividindo com todos os que me fizeram nascer, crescer, buscar o conhecimento, dividir, multiplicar, expandir com os meus semelhantes, lições que só a vida, vivida intensamente e de forma colegiada, sempre formulando  votos a DEUS na condução da paz harmoniosa, interior e exterior, na fé inabalável no grande MESTRE de TODOS os MESTRES, na minha vida e de toda a humanidade, pois, foi o criador do mundo e tudo que nele há, o “ser” que pode respirar, raciocinar e que existe pra mostrar a GLÓRIA  de nosso DEUS. Veja como revela esta música:
GRANDIOSO ÉS TU
Senhor, meu DEUS, quando eu,
Maravilhado, contemplo a tua imensa criação,
O céu e a terra, os vastos oceanos,
Fico a pensar em tua perfeição.
Então minha alma canta a ti, Senhor,

Grandioso és tu, grandioso és tu (bis)

Ao caminhar nas matas e florestas,
Escuto as aves todas a cantar,
Olhando os montes, vales e campinas,
Em tudo vejo o teu poder sem par.


Grandioso és tu, grandioso és tu (bis)

Quando eu medito em teu amor tão grande,
Que ofereceu teu filho sobre o altar,
Maravilhoso e agradecido venho
Também a minha vida te ofertar.


Grandioso és tu, grandioso és tu (bis)

E quando, enfim, JESUS vier em glória
E ao lar celeste então me transportar,
Adorarei, prostrado e para sempre
Grandioso és tu, meu DEUS, hei de cantar.

Grandioso és tu, grandioso és tu (bis)

É  DEUS  QUE  CUIDA  DE  MIM

Eu preciso aprender um pouco aqui
Eu preciso aprender um pouco ali
 Eu preciso aprender um  mais de DEUS
Porque ele é quem cuida de mim.
Se uma porta se fecha aqui
Outras se abrem ali
Eu preciso aprender mais de DEUS
Porque ele é quem cuida de mim.
DEUS cuida de mim

Se na vida não tem direção
É preciso tomar decisão
Eu sei que tem alguém que me ama
Ele quer me dar a mão
E uma porta se fecha aqui
Outras portas se abrem ali
 Eu preciso aprender mais de DEUS
Porque ele é quem cuida de mim.
DEUS cuida de mim.